Desafio 8
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Escreve, agora, uma carta a um amigo ou amiga ou a alguém que queiras, sobre o que já sabes sobre o Corona Vírus.
A Matilde Barros participou neste desafio e escreveu uma carta à sua madrinha.
A Matilde Barros participou neste desafio e escreveu uma carta à sua madrinha.
Arcos de Valdevez, 25 de maio de 2020
Olá, querida madrinha!
Espero que te encontres bem
de saúde.
Como sabes, antes do aparecimento deste
novo vírus (Covid-19) a sociedade tinha uma vida muito agitada
entre o trabalho, a vida familiar, a educação dos filhos, o tempo
perdido no trânsito e o consumismo superficial.
Muitas famílias
passavam demasiado tempo ao telemóvel a navegar na Internet e nas redes
sociais, por sua vez, a convivência familiar era cada vez menor. A pressão
da nossa rotina era tão elevada que mal tínhamos tempo para dar
atenção à nossa família.
Nessa altura também o nível de poluição
era muito elevado devido à emissão de Co2 (dióxido de carbono) por parte das
fábricas e da circulação dos automóveis. Consequentemente, o nosso
ambiente estava a ser prejudicado e a qualidade do
ar estava a provocar cada vez mais problemas respiratórios nas
pessoas.
No início de março ocorreu
o primeiro caso positivo de coronavírus em Portugal. Desde aí, o
número de novos infetados foi aumentando, obrigando o Presidente da
República e o Governo a tomar medidas de prevenção.
Como o contágio deste
vírus é muito rápido através dos seres humanos, a sua propagação ocorreu
muito depressa a nível mundial.
Grande parte dos países
tiveram que reforçar o seu sistema de saúde, adquirindo máscaras, luvas e
equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde,
bombeiros e forças de segurança, de forma a prevenir o seu contágio. Foi
necessário comprar ventiladores para equipar os hospitais e salvar os
doentes mais vulneráveis.
Este vírus tirou-nos a
liberdade de conviver com os nossos familiares e amigos, de ir
à escola e de realizar diversas atividades no nosso tempo
livre.
Tivemos de nos adaptar a
uma nova realidade, ficando em casa para nos proteger, mas também para proteger
os outros de um possível contágio. Alguns pais passaram a trabalhar
no computador, a partir de casa, e nós, crianças a adquirir
novos conhecimentos escolares através da telescola e por videochamada.
Nestes dias mais tristes,
a Primavera chegou e trouxe com ela alguma alegria. Os campos pintaram-se de
verde, as flores nasceram e os passarinhos começaram a cantarolar. Os dias
tornaram-se maiores, mas as cidades estão vazias e silenciosas. Porém, a
qualidade do ar que respiramos melhorou, pois, a poluição diminuiu.
As águas dos rios
tornaram-se mais transparentes, ouvimos com mais nitidez o cantar dos
passarinhos e a algazarra dos grilos.
Nas cidades, à noite, já
é possível ver as estrelas no céu. As pessoas que vivem em apartamentos cantam
nas suas varandas, para combater os dias de solidão.
As pessoas que vivem no
campo não sentiram tanta diferença, pois continuam a cumprir as suas rotinas,
ocupando-se das suas hortas e dos seus animais.
Com esta pandemia, a
solidariedade entre a população aumentou. As pessoas com mais disponibilidade
juntaram-se para ajudar os mais carenciados, através da oferta de refeições e
outros cuidados que os mais necessitados precisam.
O que é certo, é que este
vírus deu oportunidade aos pais de dar mais atenção aos seus filhos, dando mais
apoio nas suas dificuldades escolares, mas também em brincadeiras partilhadas
entre ambos e de novas experiências e tarefas em casa.
As empresas
reinventaram-se, algumas abdicaram da produção que tinham e
dedicaram-se ao fabrico dos materiais que fazem mais falta no combate
a este vírus.
Após dois meses o
desconfinamento foi permitido com precaução e por etapas. Até agora, ainda não
teve impacto negativo. E espero que nos próximos meses os cientistas
desenvolvam uma vacina para combater o Covid.
Os pais possam voltar a
abraçar os seus filhos, os avós a mimar os seus netos. Quero que tudo volte ao
normal.
Vamos ter esperança que
tudo vai ficar bem e vamos voltar aos afetos e aos sorrisos.
No futuro ficará como
recordação esta situação que estamos a viver, vamos dar mais valor a pequenas
coisas que antes não dávamos importância.
Envio-te muitos beijinhos
e abraços, cuida-te!
Da tua afilhada,
Matilde Dantas Barros, 4º
D
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