quarta-feira, 27 de maio de 2020

Desafio 8

Desafio 8

Vê o e-book "Nuno escapa ao vírus", de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, com ilustrações  de Nuno Feijão, clicando Aqui
Escreve, agora, uma carta a um amigo ou amiga ou a alguém que queiras, sobre o que já sabes sobre o Corona Vírus.




A Matilde Barros participou neste desafio e escreveu uma carta à sua madrinha.


Arcos de Valdevez, 25 de maio de 2020 


    Olá, querida madrinha! 
    Espero que te encontres bem de saúde. 
    Como sabes, antes do aparecimento deste novo vírus (Covid-19) a sociedade tinha uma vida muito agitada entre o trabalho, a vida familiar, a educação dos filhos, o tempo perdido no trânsito e o consumismo superficial. 
 Muitas famílias passavam demasiado tempo ao telemóvel a navegar na Internet e nas redes sociais, por sua vez, a convivência familiar era cada vez menor. A pressão da nossa rotina era tão elevada que mal tínhamos tempo para dar atenção à nossa família. 
     Nessa altura também o nível de poluição era muito elevado devido à emissão de Co2 (dióxido de carbono) por parte das fábricas e da circulação dos automóveis. Consequentemente, o nosso ambiente estava a ser prejudicado e a qualidade do ar estava a provocar cada vez mais problemas respiratórios nas pessoas. 
     No início de março ocorreu o primeiro caso positivo de coronavírus em Portugal. Desde aí, o número de novos infetados foi aumentando, obrigando o Presidente da República e o Governo a tomar medidas de prevenção.  
Como o contágio deste vírus é muito rápido através dos seres humanos, a sua propagação ocorreu muito depressa a nível mundial. 
Grande parte dos países tiveram que reforçar o seu sistema de saúde, adquirindo máscaras, luvas e equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde, bombeiros e forças de segurança, de forma a prevenir o seu contágio. Foi necessário comprar ventiladores para equipar os hospitais e salvar os doentes mais vulneráveis. 
Este vírus tirou-nos a liberdade de conviver com os nossos familiares e amigos, de ir à escola e de realizar diversas atividades no nosso tempo livre.  
Tivemos de nos adaptar a uma nova realidade, ficando em casa para nos proteger, mas também para proteger os outros de um possível contágio. Alguns pais passaram a trabalhar no computador, a partir de casa, e nós, crianças a adquirir novos conhecimentos escolares através da telescola e por videochamada. 
Nestes dias mais tristes, a Primavera chegou e trouxe com ela alguma alegria. Os campos pintaram-se de verde, as flores nasceram e os passarinhos começaram a cantarolar. Os dias tornaram-se maiores, mas as cidades estão vazias e silenciosas. Porém, a qualidade do ar que respiramos melhorou, pois, a poluição diminuiu. 
As águas dos rios tornaram-se mais transparentes, ouvimos com mais nitidez o cantar dos passarinhos e a algazarra dos grilos. 
Nas cidades, à noite, já é possível ver as estrelas no céu. As pessoas que vivem em apartamentos cantam nas suas varandas, para combater os dias de solidão. 
As pessoas que vivem no campo não sentiram tanta diferença, pois continuam a cumprir as suas rotinas, ocupando-se das suas hortas e dos seus animais. 
Com esta pandemia, a solidariedade entre a população aumentou. As pessoas com mais disponibilidade juntaram-se para ajudar os mais carenciados, através da oferta de refeições e outros cuidados que os mais necessitados precisam.  
O que é certo, é que este vírus deu oportunidade aos pais de dar mais atenção aos seus filhos, dando mais apoio nas suas dificuldades escolares, mas também em brincadeiras partilhadas entre ambos e de novas experiências e tarefas em casa. 
As empresas reinventaram-se, algumas abdicaram da produção que tinham e dedicaram-se ao fabrico dos materiais que fazem mais falta no combate a este vírus.  
Após dois meses o desconfinamento foi permitido com precaução e por etapas. Até agora, ainda não teve impacto negativo. E espero que nos próximos meses os cientistas desenvolvam uma vacina para combater o Covid.  
Os pais possam voltar a abraçar os seus filhos, os avós a mimar os seus netos. Quero que tudo volte ao normal. 
Vamos ter esperança que tudo vai ficar bem e vamos voltar aos afetos e aos sorrisos.  
No futuro ficará como recordação esta situação que estamos a viver, vamos dar mais valor a pequenas coisas que antes não dávamos importância. 
Envio-te muitos beijinhos e abraços, cuida-te! 

Da tua afilhada,  
Matilde Dantas Barros, 4º D 

          


   



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Saramago na Escola

 Saramago na Escola - Leituras Centenárias "A maior flor do mundo" pela voz da Renata Marques, do 4º B. Apresentação de Guilherme ...